O Poder Transformador da Matrilinearidade no Cuidado das Mulheres e sua Saúde Mental
Ao resgatar a matrilinearidade, criamos uma força coletiva e curativa que pode transformar tanto a saúde mental das mulheres quanto a forma como a sociedade lida com questões de cuidado e bem-estar. Isso nos ajuda a reimaginar um futuro mais equilibrado e compassivo para todas as gerações.
Karolyne Silva Alves
5/8/20241 min read


A matrilinearidade, ao focar na continuidade e nas conexões femininas, oferece uma lente potente para transformar o modo como compreendemos a sociedade e, sobretudo, as questões relacionadas à saúde mental das mulheres.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres são as mais afetadas por transtornos como depressão e ansiedade. Estudos indicam que cerca de 5,1% das mulheres no mundo sofrem de depressão, em comparação com 3,6% dos homens.
Este dado revela como o impacto social, emocional e cultural sobre as mulheres contribui para um maior risco de transtornos mentais. No entanto, ao olharmos o mundo através da lente da matrilinearidade, percebemos que essas redes femininas de apoio, sabedoria e cuidado podem desempenhar um papel crucial no enfrentamento da depressão e da ansiedade.
Promover espaços de escuta e apoio onde as vozes femininas podem ser ouvidas e celebradas cria ambientes mais saudáveis e inclusivos, tanto no ambiente de trabalho quanto nas relações interpessoais.
Transformar o olhar com base na matrilinearidade também nos permite desafiar as estruturas hierárquicas e desiguais que muitas vezes contribuem para o adoecimento mental.
Ao valorizar as conexões femininas e a transmissão de sabedoria, estamos construindo sociedades mais justas, onde o cuidado é central e as experiências das mulheres são valorizadas.
Todo esse processo não é apenas individual, mas ocorre também ao revisitar os vínculos femininos históricos e culturais. A ressignificação de narrativas – essencial à Gestalt – transforma o modo como as mulheres lidam com a própria saúde mental, permitindo que encontrem novas perspectivas para superar desafios emocionais com base em suas histórias e nas de outras mulheres ao longo do tempo.
Ao promover esse novo paradigma, podemos reduzir significativamente o impacto da depressão e da ansiedade nas mulheres, oferecendo não apenas soluções individuais, mas uma reestruturação social mais saudável.